Do Primeiro Amor

O amor passava serenamente queto

e, na virgindade da distante janela

não percebi que quem passava era ela

vestindo um sorriso meigo e discreto.

Aquela silueta era tão singela

e, tão virginalmente, cheirava afeto

que fez desmoronar meu pesado projeto

de não mais sair da segurança da cela.

Deixei, então, o meu cantinho predileto...

meu refúgio...minha liberdade (com tela)

e fui na rua, pra ver a passagem dela

sem saber que o amor buscava um teto

e, hoje, mora (dentro de mim) esse feto...

essa semente da minha frágil donzela.

29-04-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 03/05/2014
Reeditado em 11/12/2015
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