INSONIA
nasce um anjo
quando morre um gênio
chuva transcorre terra
lagrimas depositam saudades
telúrio metal no sangue
ébrio corpo nesse compartimento
a tangente corre ao olhar
diferente a face
agora terna e imutável
diferente de outrora
de que o agora nada é
mudança na áspera têmpora
que o tempo consumiu com afinco
lembranças cavalgam num rio sem destino
e voltam a margem do esquecimento
pois a dor não perdoa os erros
nem mesmo a saudade basta
a inquietação da ida, da perda, do vão momento...
do seu pobre espirito quebrantado nada restou
apenas a riqueza de um mundo inacabado
num palco lotado de um vazio humanitario
que cabe em apenas um ser
que agora se encontra deitado
num sono profundo ilimitado
de sonhos que o levaram
ao pesadelo de um abismo solitário
chamado insonia.