A MAL CARÁTER

Eu caminhei

Em dias vívidos

Mares sortidos

Do perfumes

De seus pés

Deixados num cume

Onde agora há só neve

Era lá em cima

Que estava me levando

Enquanto eu amando

Não podia ver

Tal engano

Sentado a beira do morro

Falecimento do sono

Imensidão da insônia

Quer ser pra sempre

Minha amiga

De olhos lacrimejados

Parece que choro

Ou imploro

À ciência dos porquês!!

Do verbo há de haver

Alguma alma em você

Que saiu

Porque tudo estava frio

Havia miséria em bacilos

Não tinha mais nada

Pra ser amada

Por alguém

Que copiou seu desdém

Se foi vacilo

seu destino infeliz

cruzou meu além.