Contrariarei

Vou contrário à corrente,

contrário à esta gente

que sempre quer mudar,

Vou contrário à busca

pela utopia e pela

sociedade perfeita e vazia,

Vou contrário sem medo

de ser oprimido

e de ficar deprimido,

Vou contrário às críticas

de toda a sociedade

que exige ao céu,

Vou contrário à satisfação

a ambição e ao posto

mais elevado,

Vou contrário à humanidade,

e esta minha vaidade

sei que me renderá

a solidão.

A primitiva solidão, antes de Adão,

a daquela época ígnea,

onde os desertos rochosos

contrapunham o universo brilhante

nos primórdios da entropia.

Se eu fosse um grego clássico,

sobre qual filosofia andaria?

Será que sentar-me-ia com Platão

em um promontório ateniense

observando a cosmopolita e os cosmos

e pensando como seria o futuro.

Se esta poesia fosse rítmica,

como as do mestres clássicos

Diria que a lira do monte parnaso,

por um acaso tolo aqui fez ninho,

e que não se faz tijolo por

tijolo um singelo poeminha,

faz da mão de um bobo que

por alguma razão cansou de

filosofar sobre a vida.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 02/05/2014
Reeditado em 16/05/2014
Código do texto: T4791785
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