Vaidade
E então eu vi, sim eu vi e pus-me a delirar por centenas
de desejos e novas histórias
Eu vi.
Esculpida ao longe, embalada pelo afago ardente aos olhos
do sonhador de meio-dia.
Sim, o sonhador de meio-dia, que desde cedo, desde antes, desde não sei quando
é o orgulho da vida.
O galã das flores
O cavalo pomposo
de algum sonhador de meia-noite.
Sim, o sonhador que desde cedo, desde antes, desde não sei quando
Sonhou
E ainda sonha
com as flores que merecem o mundo, os heróis apaixonados,
as traquinagens com sorrisos.
Vi,
passeava ao vento, ao mundo, aos meus olhos
e aos meus indecentes impulsos
como flor
Em uma eterna primavera
de flores e perfumes
a acariciar
a macia seda
da vaidade
de Deus.