NÃO PERGUNTES NADA

Ela molhada

Não consegue dizer

Um palavra

Que imite

Seu limite

Coroado por sequelas

Mãos tão belas

Tocam velas

Ainda acesas

Ele deitado

Por sobre a mesa

D’outro copo deitado

Taça quebrada

Espera vendida

Casa invadida

Sabe-se lá quantas horas

Virou assassino

Das vítimas

Que precisam da mesma

Comida dormindo

Por sobre a mesa

Espíritos se alimentam

Da sua vontade

Ela de bondade

Não o acordou

Alimentou

As ilusões

De mão tão belas

Que singela

Foi ao quarto

Prepara-lo

Que antes e depois

De acorda-lo

Será mãe do graal

Posto em vitral

Sob seu cuidados

O que era antes pobre

Agônico indesejado

Tornou-se nobre

Por querer

Ela videira de bálsamos

Ser a única.