Desejo póstumo do menino Bernardo

Escutai, pois, todos os povos

E vede a minha dor.

Meus olhos estão se acabando em puras lágrimas.

Meu coração se revolve no meu íntimo

Tens de ouvir a minha voz.

Não ocultes teu ouvido do alívio para mim.

Do meu grito por ajuda.

Viste o que me foi feito,

O mal que me causaram,

As mãos que se levantaram contra mim.

Mas infelizmente, não existe o agora

O agora já é tarde.

Minha vida escorreu entre os dedos daquelas mãos.

Mas clamo por ajuda,

“Ergues da justiça a clava forte”

E pune os que provocaram minha morte.