MILONGA JOAQUINENSE
Sombra de mula atravessa arroio
Cascos respingam charco
Tudo é domingo no Bom Sucesso
machado grudado no picador
abstratos olhos do boi carreiro
ervilhal abandonado gotejando
tempo, silêncio triste do galpão
Rangido da cancela
Higino chegando à noite na procela
Da preta capa de feltro apeia o
aparelho
relâmpago
acende duas vacas rente a taipa
Sítio ganhou freqüências
rádio grande de madeira e válvula
ganhou altar