FORA
Sol que purifica
Me aguarda de assalto
Depois das horas
Contadas
Do tempo deixado
De lado
Na sortidão vazia
Mas sonora
N'um lugar comum
Do incomum
Que atesta fins
Sinas sem meios
Me encontra
Por conta
Abrindo os olhos
Moribundo
E descalço fitando
Flores
Os aromas da manhã
Que nunca vejo
Na mesma avenida
Que sempre passeio.