Estado de quem?

Não precisa nem dizer.

Quem serve ao criador ou quem é o criado obedientemente mudo.

Cidadão aqui,

Se não enlouquece cedo,

Vive indignado já esperando a morte como solução.

Nesses anos que se vão,

Nesses anos que virão...

Corre o tempo e tudo parece repetição.

Mas não é não.

É o sistema controlando a situação.

Todo ano se desfala e fala ou cala.

Vem carnaval, futebol...

Dias e dias de invenção,

E nada se faz.

Eis a situação...

Morre-se aqui ou acolá

Morre idoso na rua sem atenção;

População faz justiça contra injustiçado com as próprias mãos.

Morre o meu e o teu filhos juntos,

Nessa estrutura de educação.

Sai-se as ruas...

Mesmo essa sendo a saída,

Caminham na timidez de sua ignorância,

Caminham e cantam como passageiros de uma estação.

O povo na situação,

Não se dá conta não.

Aí vê-se claramente inconsequentes,

Infiltrados de rebeldes a desmobilizar os verdadeiros eloquentes.

Por assim,

A justiça se desculpa pelas mentes e emendas;

Os quartéis ditam qualquer ordem;

Os políticos se assemelham aos cartéis,

O povo outra vez, por nenhuma atitude é o culpado da situação,

Deixando que a ignorância seja os olhos da visão.

Mesmo que a flor sem perfume multiplique,

Que os pássaros insistam na verdadeira razão.

A bandeira da Democracia, como o sol cai sobre nossas cabeças,

Lastrando o chão de lágrimas, gritos de miséria referendando a todos,

Uma sociedade de ilusão e que só é sentida,

Quando a dor é na sua família.