0NDE DEVO IR

Não sou quem fui

Não cheguei onde devo ir

Na dobra do tempo

Perdi o ontem

Não vejo amanhã...

Alço vôo cego

Confiando nos sentidos

Surda aos avisos

De calma e precaução

Temerária.

Percebo indistintos vultos

Ao longe a acenar

Será que me chamam?

Ou dizem pra parar?

Preste atenção!

Que direito tenho á queixas

Se não segui nenhuma seta?

Não andei em linha reta,

Nem voei por indicação?

Ultrapassando limites

Ainda não cheguei

Onde devo ir.