Perdoa - me
Ao amanhecer, olho me no espelho.
Não consigo ver eu mesmo.
Vejo que não segui o teu conselho.
Estou a vagar a esmo.
Sinto-me caída, esgotada.
Sinto-me menor que o pó da terra.
Parece que estou sendo obrigada,
Levar sempre o título de quem erra.
Tudo o que vejo em meus olhos
São lágrimas que escorrem pela face.
Minha boca Fria tremula e seca,
Diz tudo sem o menor disfarce.
Meu sorriso Que outrora era sincero,
Torna se amargo e frio.
Deixou a beleza de um ser esmero.
Que perdeu para sempre o seu Brio.
Meu olhar Que consolava aos corações,
traduz a minha imperfeita mansidão,
Torna se como bala de canhões.
Impedindo minha doce reflexão.
O que mais me entristece a alma,
No momento em que não controlei minhas ações,
É ferir alguém que sempre mantêm a calma
impedindo-me futuras relações.
Como chuva e um grande temporal
Que expulsam fortemente suas gotas
Assim me saem às palavras da garganta
Machucando ao se unir umas as outras,
Sem pensar no que sem culpa sofrerá
Ferindo e machucando sem poupar
As pessoas que só querem o meu bem
E a ver com meus problemas nada tem.
Como o mar que se deságua em um rio
Seu perdão desaguara no coração
Aliviando levemente o meu pensar
E devolvendo-me o desejo de amar.