Inominável.

Queria poder arrancar com as minhas próprias mãos essa dor que não cabe no peito, que não tem forma nem jeito, nem gente que ajeite, nem tempo que cure.

Quem dera arrancar esse vazio que me consome, esse sentimento sem nome, esse abismo que há entre o ficar e o fugir.

Quisera eu, conseguir esquecer o que não canso de lembrar, entender o quão inútil é lutar em uma guerra perdida e curar essas tantas feridas que ainda insistem em não cicatrizar.

Pudera eu, não ter sido tão fraco, ter guardado tudo em um frasco e jogado no mar.