Ó Poesia!
Eu sou teu leito
De dor e melancolia
Regado de tuas noites sombrias.
Ou não!
Às vezes, pareço-me com o teu dia,
Cheio de fantasia.
Conheço tua face quando ainda
Não caberia os vultos de pensamentos
Que te traz alegria.
Aqueles que guardas lá no fundo,
Bem fundo, soltando os”eus”
Que te consumiam.
E soltas por vez, prende outra vez
E de quando em quando
Vai te levando pro fundo do breu.
Ó pensamento solte-me de vez
Por que sou pedra bruta,
Sou teu “eu”
Te dominando outra vez.
Ó poesia és tu quem me fez
Sou teu pensamento,
Te espero de vez
Sem essa estupidez.