NO DIA EM QUE EU MORRER!
Quando chegar o meu dia
De para o além partir
Fica toda a nostalgia
Da minha doce poesia
Entregue sempre a sorrir!
Nessa hora eu pretendo
Que ninguém chore por mim
Pois se há coisas que entendo
A elas mesmo me rendo
Desculpem…eu sou assim!
Só quero somente levar
Um poema no caixão
A esp’rança de encontrar
Quiçá em algum lugar
Vida…alma e coração!
Mas se um só gemido se ouvir
Da urna, saindo a sós
Devo ser eu a pedir
Para de novo se abrir
As cordas da minha voz!
Nesse instante sombrio
Nem os sinos tocam mais
E a água lá do rio
Vai perdendo todo o brio
Pois de mim não há sinais!