SURREAL OU DADA?

Feriado municipal,

O cão, a santa e o bêbado.

Um limão, dois limões, três limões. –Festa Mexicana

Aplicativos abertos,

A voz do meu homem,

Meu Jim.

Uma xícara de chá?

-Não seria muito incômodo?

- Mas é claro que não.

Frio nas juntas,

Equatorial, Semiárido, Tropical, Tropical de Altitude, Subtropical.

Variabilidades preciosas:

-Você não vai acreditar!

-Uai, por quê?

-Desculpa interromper, mas sou uma guria curiosa, também quero ouvir.

-Tô venu...

-Desimbuche homi, até que to querenu sabe.

-Mas agora é muita gente!

-Credo, como oces são curioso.

-Desimbuche, cabra safado.

-É um assunto pessoal, meninos.

-Oxi, agora fala!

- Tô indo nessa...

Olhos arregalados,

Venda de tubos dadaístas.

Dada.

Mudança de caligrafia

Verso F R E E.

The Highway –Shit.

Títulos desapropriados,

Controles estatais,

Alminha planificada,

Queda do muro ao fundo.

Lápis apontados,

O novo sublinhado.

Livre comércio ou o fim do mundo?

Em um curto espaço de tempo,

Encontrei palavras que me empurraram para:

O sonho fodido.

Adoro explicar poemas, sem ironias.

The Brooklyn Bridge

O meu barquinho de papel navegando logo abaixo.

Às vezes, penso;

Seria necessário neologismos e mais neologismos para explicar cada individuo.

Jornalistas ansiosos, maquiados,

Lêem sem escrúpulos,

Entregam-se à receitas cotidianas.

Doses e mais doses da mesma rainha

Rainha do acumulo de capital.

Não farei da arte o meu ganha pão para não prostituí-la.

Não vendo idéias; compartilho.

Um bobo e sua tranquilidade,

Logo são separados.

Setas direcionam

O transito da vida.

Pessoas assassinam o amor involuntariamente,

Depois, sofrem.

Amor precisa de tempo,

Precisa ser solitário.

O resto são:

Vícios camuflados de amor, Confortos disfarçados de família.

O ser maduro não pode ter âncoras.

Contudo, estamos sujeitos ao erro:

Um limão, dois limões, três limãos*

Egito, camelos, deserto,

Supostamente,

Cenário do meu doce amor

Preciso do ritmo,

Do brilho ofuscado

Do brilho puro.

A morte é minha melhor amiga,

O Sexo meu pior inimigo cuja companhia,

É sempre agradável.

O flagra não é minha pior vergonha,

Me envergonho apenas da preguiça, colega de classe.

Bravura é mamãe

Indecisão, papai.

Sou a fusão, a eterna interrogação,

Escrita e moldada pelas civilizações do oriente médio.

Jesus, me perdoe.

Estou de olho em um menino malvado,

Entrou a pouco em minha vida.

Tem o sorriso doce, mas os olhos do mal.

Estou interessado por ele e apaixonado pelo seu irmão:

O Ego e o Orgulho,

Respectivamente.

Temos sociedades internas.

Ontem, aboli a escravidão.

Deixei escorrer sob os olhos todos os escravas calados que viviam em mim.

Agora estou oco.

Acho que o que me sustentava era a escravidão.

Lucas Guilherme Pintto
Enviado por Lucas Guilherme Pintto em 29/04/2014
Código do texto: T4787168
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