Atônito
Não dá pra digerir ,
Não dá pra existir,
É tanta automação;
É tanto descaso,
Que prefiro ingerir coca-cola no verão;
Ainda há seca no nordeste;
Como em são Paulo há desemprego e corrupção.
Não dou pistas da fome,
Porque morre-se de indignação.
A Democracia é uma farsa da ditadura pela eleição.
E nós ainda nos deixamos enganar,
Aplaudimos o circo e rimos a toa com o pão,
Enquanto o meu irmão,
Quando consegue voltar pra casa,
Traz nas mãos a miséria sem solução.
Ao redor da mesa oramos,
Na velha versão de esperança,
De que a chuva seja alento a nossa visão.
Noutro dia vê-se as crianças do Brasil de pés no chão.
Não tem hora,
Pois as senhoras,
Já cansaram da razão.
A juventude anda viciada... Os meninos em má associação
E as meninas vendidas ao prazer.
O que vai ser de mim e de você?...
Se não nos dermos os braços para vencer
Essa falta do que fazer.