Melancolia

A sombra de um simples sorriso

Leva-me a pensar num jardim

Bate-me então, de repente

Uma saudade de mim

Saudade do brilho incorpóreo

Reluzindo em meu olhar

Saudade da ingenuidade

Que me fazia sonhar

O tempo marcou em meus traços

Rude vinco da existência

A vida tão sem cuidado

Roubou-me a inocência

Aquele riso engraçado

Em minha garganta morreu

Meus lábios foram selados

Pela graça que perdeu

Guardo a lembrança da vida

Num tempo que vive a correr

Um espaço sem limite de partida

Uma brecha onde pude me esconder

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 05/09/2005
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