Adrián
Enfim, Adrián, eu pude
Nos meus braços te abraçar
Sondar teus passos
Teu olhar
E nele eu vi a marca de outro solo
Senti o doce peso de um país
No meu colo
E te quero como te queria antes
E te amo ainda mais
Tão meu
Indissoluvelmente meu
Infinitamente meu
Tu me carregas em tuas veias
Nas voltas que o Universo faz
Nas entranhas dos astros
Espalhado na poeira das estrelas
Nossos olhos ligados
Obras divinas
Dentro
Bem dentro
Da carne impenetrável
Dos segredos de Deus
Escritos no âmago de nossas retinas