Epílogo
ao criado mudo deixou a peroração
descansar em silêncio.
tirou as peças íntimas pendurando as na ponta
da última fase de lua
não fechou as cortinas
quis ver as vestes sem alma balouçando ao sabor do vento
como bandeiras de montanhas hasteadas ao esquecimento
chamuscando pontas soltas em fogachos do firmamento
como se fosse possível queimar arestas
sem espalhar cinzas nos pensamentos.