GRITO POESIA! ...

Como a querer calar-me,

O arame farpado das tuas palavras,

Perfuram minha garganta...

O grito livre que me pertence,

Não passa da minha boca seca...

Calei a voz...

Mas lancei o meu olhar...

Querendo atingir o âmago do horizonte...

Pois a tua sombra,

Já se perde como cortina

A se fechar no último ato...

A noite me engole,

E febril sinto o meu ego...

A delirar...

Buscando o gole de um seco vinho...

Me embriago,

E me jorro de versos...

E envolto em poesia:

Corto o arame da minha garganta:

Livre é o meu grito...

E nada me consumirá.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 25/04/2014
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