Vive-se a marteladas

Vive-se a marteladas

Marcha cadenciada pelo roubo das horas

Amor, paixão, submergem o lodo

Vivesse alguém sob a égide maior

Sob o signo da vontade soberana

O ser sem mistérios apenas sangue

Sede e víceras profanas.

Vive-se a marteladas

Cada hora e seu cimento

Na secura do asfalto, nas calçadas

No concreto um pensamento marcha

Sem parábolas, reto estreito, seco.

Vivesse alguém sob a doçura dos sentidos

Desse liquido que a vida escorre

Dessa brisa que ainda há e toca de leve

Pele, alma, cérebro.

Passos firmes, mãos exatas, reta, seta.

E o coração quase pode marchar

Bum bum bum bum.

Um coração vive a marteladas.

Diadorim e Riobaldo
Enviado por Diadorim e Riobaldo em 24/04/2014
Reeditado em 24/04/2014
Código do texto: T4780844
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