Velório,
Esticado imóvel,
Num velório de fachada,
Falta tempo,
Sobram planos,
Não levanta,
E nem morre,
Não faz nada,
Talvez tenha aceitado,
Sua culpa de viver,
Sonhando acordado,
Pelo excesso de fantasias,
Que sempre criava,
Por deixar-se levar,
Por suas idéias soltas,
Espalhadas todas,
Rabiscadas pela casa,
E a paga caiu,
Pesada sobre as costas,
E mesmo assim,
Aguenta o peso sorrindo,
É a sua unica resposta,
E sempre segue a sua maneira,
Ou então,
Fala abertamente,
Toca o enterro pra frente,
Que prefiro a morte,
Mas antes que esse dia,
Chegue,
Se agarra,
Como pode,
Na esperança,
De fazer o que gosta,
Pra viver,
Os sonhos que ainda,
Tem,
E depois poder,
Escrever,
Um poema que diga,
Que a vida vale a pena.
Marcia Carriles.
Esticado imóvel,
Num velório de fachada,
Falta tempo,
Sobram planos,
Não levanta,
E nem morre,
Não faz nada,
Talvez tenha aceitado,
Sua culpa de viver,
Sonhando acordado,
Pelo excesso de fantasias,
Que sempre criava,
Por deixar-se levar,
Por suas idéias soltas,
Espalhadas todas,
Rabiscadas pela casa,
E a paga caiu,
Pesada sobre as costas,
E mesmo assim,
Aguenta o peso sorrindo,
É a sua unica resposta,
E sempre segue a sua maneira,
Ou então,
Fala abertamente,
Toca o enterro pra frente,
Que prefiro a morte,
Mas antes que esse dia,
Chegue,
Se agarra,
Como pode,
Na esperança,
De fazer o que gosta,
Pra viver,
Os sonhos que ainda,
Tem,
E depois poder,
Escrever,
Um poema que diga,
Que a vida vale a pena.
Marcia Carriles.