O ouro da manhã
Da asa direita conto uma a uma
As penas
Da asa esquerda conto uma a uma
As batidas do coração
E as vejo despencar sobre as ondas
Viram pequenos barcos
Pontos brancos no azul sem fim
Ali adiante sobre um vagalhão duplo
Com as asas de um serafim
Cai sem vida
Como um ser empalhado
Anêmico
O corpo morto
Da gaivota
Sobre a cena paira o ouro da manhã