Aurora
No curral da solidão,
Trancafiei meus sonhos.
Abscôndita e fria,
Minha alma se encontra.
Debatendo-se em dúvidas
No limbo do meu momento!
A vida me ensina,
A sorrir de mim,
A sorrir para mim...
Lição tão simples de dizer,
Confusa no entender...
Difícil de se aprender!
Mais não tem como fugir do mestre...
Levanto meus olhos para o sol,
Sinto a mágica de seus raios em mim.
Sou forte, começo de novo,
A reerguer minha muralha,
Ao redor de meus sentimentos.
Protegida pela indifereça.
Fica em mim,
De você...
Vestígios de lágrimas, apenas vestígios!
Lembraças? Só de teus beijos.
Valeram a pena... você beija bem.
Bom, eu também, estamos quites.
Não perco, você não sei...
Sou fênix que renasci a cada novo incêdio no coração.
Caiu, mais não para sempre.
Volto mais firme, diferente, mais dura...
Disvirginando meus medos,
Como a aurora ao dia.
Transformando minha menina sempre em mulher.
Não me escondo nas sombras,
Sempre ergo meus olhos,
Para o sol!