Se eu morresse agora, justamente agora,
O que me confortava era não precisar de nada
E nada ter para jogar fora.
Era simplesmente esquecer tudo
E me deixar ir embora...
 
Se eu morresse justamente agora,
O que me descansava
Era tirar de vez o peso dessa hora
E me esvaziar dos idos da vida
E de seus esquecidos...
 
Era só não ter amanhecido mais um dia
Improvável e perdido.
E tudo além, ainda nem querido, não sentido,
Tudo ainda não sabido, não sofrido,
Ia ficar guardado dentro do não pressentido...

 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 22/04/2014
Reeditado em 13/01/2021
Código do texto: T4778595
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