ABRE A JANELA!

Abre a janela pra ver

Quem passa assim a correr

Na rua já desgastada.

Acena-lhe com o teu lenço

Também no fundo eu pertenço

A essa gente cansada!

Abre a janela e sorri

Traz-me pedaços de ti

Por entre tal multidão.

Não corras, vai devagar

Tem apenas pressa em amar

E dares vida…ao coração!

Abre a janela e sente

A brisa, que levemente

Bate em teu rosto singelo.

Solta-lhe um grito e canta

Deixa sair da garganta

O som do fado…tão belo!

Abre a janela e desprende

Tua beleza que rende

Muito mais que o mundo inteiro.

Se a venderes, quero-a comprar

Para comigo morar

Dá-ma por qualquer dinheiro!

Abre a janela e pesquisa

Se alguma dor te agoniza

O teu peito ofendido.

Se for eu essa doença

Ditarei minha sentença

Nas setas de um cupido!

Abre a janela e fala

Pró menino que se embala

Enquanto tu o vigias.

Eleva tua voz e brada

Entre as aves, uma balada

E a mais linda…das poesias!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 22/04/2014
Reeditado em 22/04/2014
Código do texto: T4778409
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