Se queres saber de onde venho...

Você sabe de onde venho?

De uma casinha que tenho

Ela fica dentro da mata.

Banhada por represas...Cascatas.

Quando a gente se levanta,

A passarada inteira canta.

Cantam os sabiás, sanhaços.

Rouxinóis, quero-queros.

Até araras do peito amarelo

Cantam...Cantam...cantam

Como se seu cantar

Pudesse aos quatro cantos da terra chegar!

O sol, por entre árvores frondosas...majestosas

Vem minha face acariciar!

No jardim quase sem vida

Um ipê se derramando em flor

Dá guarida a uma rosa desfalecida.

Como se fosse ele seu protetor!

Já, a azaléia toda prosa,

Se acha melhor que a rosa

Por sentir seus braços vibrando em esplendor

Um jasmineiro tão branco

Tomba de leve no banco

Esperando...Seu amor!

Lá, quando desço pela estrada.

Encontro uma casa abandonada

Com um quê de tristeza e dor

Meu olhar...Sob um pôr do sol dourado

Brinca de esconde - esconde.

Como se pudesse um ser alado.

Sem que eu possa notar

A noite acaba por me achar!

Cobre-me de leve com seu manto

Como se fosse acalanto...Cantiga de ninar

Jogo meu corpo na rede

Para ver a luz branda do luar!

Ali, com sua face prateada,

A lua apaixonada

Encontra-me a esperar

Agora...

Que sabes de onde venho

Não te esqueça de me visitar!

lisbella
Enviado por lisbella em 05/09/2005
Código do texto: T47777