Nu’a mata
Nu’a mata ardorosa,
Uma bela donzela,
Tal qual Cinderela,
Co’ um jeito dengosa —
Nua ali, mui formosa!
Olhou-me nos olhos,
À margem de abrolhos,
Co’ um ar de gracejo,
— Cheia de desejo,
Além dos meus olhos!
A mata era enorme,
Uma imensa floresta,
Que assim manifesta
U’a luz multiforme,
Tudo nos conformes!
E a bela donzela
Tirava a lapela,
Assim, pouco a pouco,
Que me deixou louco,
Mui louco por ela!
Pacco