resistência
a tarde espuma pela janela
e me pergunto:
quando o tempo
desfolhou?
onde anda o futuro
e o passado?
não tem graça
ficar zangado
pois as coisas mudaram
então flutuamos no porvir
na coisa que desfacela
no interior da incerteza.
tenho pernas
e tenho braços
e minhas mãos
escreve o gosto desse presente
tão curvo e massetado
a loucura é minha aliada
também tenho as pedras
o chão que piso