AS RUAS DA MINHA ALDEIA!

As ruas da minha aldeia

Trazem ouro no pisar

São aplausos prá plateia

Grãozinhos, de fina areia

Que eu tento sempre amar!

São de prata reflectida

E dão brilho à noite, fria

Ganham ainda mais vida

Se escutam em contrapartida

Partes da minha poesia!

Elas me viram nascer

Foram berço e jardim

Conhecem meu padecer

E em cada alvorecer

Têm pedaços de mim!

As ruas da minha aldeia

Nas pedras que sempre acato

Embalam linda sereia

E no livro da epopeia

Mostram bem o meu retrato!

Nelas há casas, vedações

Pessoas passando a sós

Que emocionam corações

E de entre as multidões

Levam traços de uma voz!

Olhares serenos, aflitos

Quando o sino vai tocando

E as pedras soltam-se em gritos

Porque há meninos bonitos

Também a rua…alegrando!

É justo querer perguntar

Pra acalentar minha ideia

Se as canções que vou cantar

Deixam-me de igual passar

Nas ruas da minha aldeia!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 21/04/2014
Código do texto: T4776650
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