IMAGENS
Debruçada à janela
do tempo que vai se escoando,
eu vejo passarem em bando,
memórias e fatos antigos.
O doce período da infância,
os sonhos fantasiosos,
as alegres brincadeiras
e, também, a vez primeira
em que me dei conta, insegura,
de que eu era uma menina,
e não um moleque de rua.
Eis que chega a mocidade,
os primeiros namoricos,
calados, a medo escondidos,
porque só se permitia
os passeios de mãos dadas...
talvez, um beijo furtivo.
Tudo são águas passadas,
que o tempo levou de roldão,
só deixou a mim lembranças
e um perfume embrionário,
que se espalha involuntário
vagueando agonizante.
Traz um cheiro de saudade,
traz de volta a emoção.
Mas é só por um instante,
bem depressa ele se evola,
e o que resta... é solidão.
Não deixe a infancia fugir
Conserve-a no coração
Como uma planta a florir
De novo a cada estação.
Conserve-a no coração
Como uma planta a florir
De novo a cada estação.
A saudade que restou
dessa tão bonita infância
muito me emocionou
esta é minha constância...
dessa tão bonita infância
muito me emocionou
esta é minha constância...
Enxerguei neste espelho,
Minha trajetória de vida...
Uma infância bem vivida,
Quando eu era um fedelho...
Minha trajetória de vida...
Uma infância bem vivida,
Quando eu era um fedelho...