NOS OLHOS DA CORUJA

Veja-me

Como delicia

De um doce que vai

A boca

Anestesia louca

Voz rouca

Ela sabe cantar

Vistos de música

Assinar

No corpo dele

Até que ele

Aprenda um nota

Devota das diabruras

Que onde lençol

É benzido

Embebido

De um gole

De tudo que pertence

Aos namoros

Que a risada

De vergonha

Da lavadeira

É o que ela sonha

Sendo verdadeira

Por inteira

Também neles deitar

Amantes

Ela aparece com raiva

Do que antes

Amava ouvir

Tal música

Um soneto em si

Da escala até

Seu porvir

Voltava pra ver

Tal cena

Novela

Que por ela

Valia toda pena

escrever também

algum dia.