É bagulho
Atearam fogo na casa abandonada aquela que fica na rua do padre Augusto,
Cuspiram chamas a ela sem delongas, sem rezas de mortes, aliás, sem preceitos.
Ao menos se tivessem tirado às florezinhas murchas do quintal, dando um punhado de água já que sua moradia já se faz chamas, mas, não viraram cinzas, junto com o velho pé de manga e
Com as tranqueiras que ali rastejavam. O pior é que em vez de tristeza o ato de queimar
Aqueles podres escombros de madeira, suou como euforia, deve ser por causa dos bichos peçonhentos que ali viviam, mas, até eles tem família, ou tinha vai que um deles morreu tentando pegar suas coisas velhinhas que guardavam com zelo, vai que um camundongo esqueceu seu brinquedo preferido e voltou para apanhar e quando deu por si, não quero nem pensar. Como que é que esse povo não pensou nisso, o padeiro, o menino que vivia chupando mangas n’aquela árvore, até o padre que um guardião de segredo não viu, deve ter ser distraídos, só pode para não sentir o calor dessas chamas que faz uma fumaça tão feia de dar dó.