Leoa
Gosto quando me tomas de assalto
Quando me põe contra a parede, me arrepio
Sua língua no meu ouvido, me desmonta
Suas palavras de apetite, me devoram
E sem perceber entro na sua dança
Me agarro ao teu corpo feito criança
Mas com desejo de gente grande
Sinto sangue em sua boca, minhas unhas se enterram
Nas tuas costas de macho selvagem
E quando me jogas na cama e me olha
Me abro como um livro, pronto a ser descoberto
Página por página, você me lê e eu grito
Feito um animal no cio, e de repente
Tudo é luz, como se pecássemos todos os pecados
De uma única vez, sinto seu suor gotejar sobre meus seios
Seu corpo desmonta sobre o meu
Trazendo um dilúvio de prazer sem fim
E não há nada mais pra se falar
Apenas olhos que se beijam, e que depois se fecham
Como quem diz, obrigado por ter vindo.