Leoa

Gosto quando me tomas de assalto

Quando me põe contra a parede, me arrepio

Sua língua no meu ouvido, me desmonta

Suas palavras de apetite, me devoram

E sem perceber entro na sua dança

Me agarro ao teu corpo feito criança

Mas com desejo de gente grande

Sinto sangue em sua boca, minhas unhas se enterram

Nas tuas costas de macho selvagem

E quando me jogas na cama e me olha

Me abro como um livro, pronto a ser descoberto

Página por página, você me lê e eu grito

Feito um animal no cio, e de repente

Tudo é luz, como se pecássemos todos os pecados

De uma única vez, sinto seu suor gotejar sobre meus seios

Seu corpo desmonta sobre o meu

Trazendo um dilúvio de prazer sem fim

E não há nada mais pra se falar

Apenas olhos que se beijam, e que depois se fecham

Como quem diz, obrigado por ter vindo.

Anderson Gomes dos Santos
Enviado por Anderson Gomes dos Santos em 18/04/2014
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