Ecos sonoros
Naquele atrito perfeito
Passava o seu sabonete
Eu ficara daquele jeito
Como estaca do piquete.
Muita espuma deslizando
Ia penetrando seus poros
Provocando ecos sonoros
E até quando me deixaria suando.
Continuei ali a te desejar
Pelas frestas dos meus cílios
Não pedi aos anjos um auxílio
Pois sozinho queria estar.
Tinha um corpo muito sensual
E em seu ato proposital
Fazia alguns movimentos
Misturando o açúcar e sal.
Uma estrela colorida
Molhava os sonhos da vida
Duma forma bem natural
E não se demonstrava atrevida.
Parecia algo sentir
Emergia na água a sorrir
Jogando no ambiente
Como se fosse pra me atingir.
Tão lindo aquilo que eu via
Ladeava minha alegria
Iluminava meus olhos
Não sei expressar o que sentia.
Permaneci ali escondido
Pois se fizesse algum barulho
Meu cinema estava perdido
Tal quais as férias de julho.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com