No ritmo dos ventos
Tempestades são areia de prata
Que se movem sarracenas pelo espaço,
Engendram dilúvios febris e cansaço
E numa atmosfera cíclica ao amor retrata.
Brisas são sombra e água fresca
Que lentamente desfazem enigmas,
Mas é necessário que aqui se diga
Que as abas do silêncio são burlescas.
O lixo soprado pelos ventos é nômade
Bem como órfã é a saudade sem nome
Que se torna delinquentemente vazia...
Melancólico é o amor isento de paixão,
Pois, é cúmplice inexorável da solidão
Que pinta de aparências a ventania!