Auto-ajuda

Ela, linda, me puxou e beijou

Era só pra fazer ciúmes num babaca

Mas o que vale é o beijo. (e a cara dele)

Trabalhei, trabalhei, trabalhei...

E me descartaram como uma camisinha usada.

Mas o que vale é o dinheiro.

No golzinho, a bola sobrou e chutei

Arranquei o tampão do dedão

Mas o que vale é o gol.

No buteco, cerveja e monólogo infindo ao pé do ouvido

Mas o que vale é o sono.

De repente, chega um bêbado a cantarolar entre soluços

Mas é melhor ouvir isso que ser surdo.

E agora eu estou aqui, mostrando esse otimismo fajuto

Dando essa aula barata de auto-ajuda

Mas o que vale é escrever.

Felipe Alves Freitas
Enviado por Felipe Alves Freitas em 16/04/2014
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