Do Arrepio

No meio do riso, veio o arrepio

e, de repente, um medo de ser feliz

que arrepiava tudo que sempre quis

num fogo tão fundo, que parecia frio.

Sua voz fluia como um chafariz

que me espirrava um coração de rio;

então, o meu amor boiou feito navio...

dos olhos secos, escorreram dois barris.

Agora, bebo daquilo que já fluiu

pois tudo o que disse, ainda me diz

nesse ouvido, onde um pé de anis

nasceu no bom momento em que te ouviu

quando o amor, flutuando, se sentiu

a lousa do destino...e você, o giz.

16-04-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 16/04/2014
Reeditado em 11/12/2015
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