QUESTÕES ETÉREAS

Ante às belezas infindas,

À majestosa Natureza

Minha reverência fez-se mar.

No esplendor sagrado deste culto,

Lancei-me em Universo profundo:

Qual a causa disso tudo?

Para todo fato uma causa há

Isto logo percebi

Desde o canto sabiá.

Até as quedas d'água

Não me deixavam enganar.

Mas olhei o micro-mundo

Vi nos quantuns absurdos.

Lá dois podem ser um

E um vir de lugar algum.

Afinal, sou produto de uma causa original?

Ou dispensa a existência causa e catedral?

Qual a causa da sinfonia descomunal?

Fitando raso, num riacho espelho d'água

Vi refletido um prisioneiro.

Arrebatado, cativo das questões etéreas,

Questionava o existir.

Há nobreza neste verbo?

Ou seria tudo mero jogo entre o céu e o inferno?

Indiferente a deuses e demônios, ela é prolixa.

Faz de opostos a matéria prima

E tece a grande poesia.

Quais verdades

Inda guarda a Majestade?

Ante às belezas infindas,

À majestosa Natureza

Minha reverência fez-se mar.

Sou de ti a forma que encontraste

Para a ti mesma contemplar.

Marcos Profanus
Enviado por Marcos Profanus em 15/04/2014
Reeditado em 02/03/2017
Código do texto: T4769909
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