DO PERDÃO

Das penas deixadas de lado,

e dos fardos que a vida traz,

dispenso o efeito e a causa,

calados no pulso do prompt.

Nada mais condena nem fere,

quando a noite chega sem rumo.

Perdido o senso da direção do mar,

o que perdoo não sei mais onde está.

"Perdoe-me quando puder"...

Mas este instante a mim não pertence.

Alivie seu peito no horizonte nascente,

no rochedo azul, visto á distância.

Esquecida a ferida pelas areias brancas,

tudo tem gosto de "nunca mais".

Um momento se vai e vira a esquina.

Virou rosa pó e azul aniquilação.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 15/04/2014
Código do texto: T4769873
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