DO PERDÃO
Das penas deixadas de lado,
e dos fardos que a vida traz,
dispenso o efeito e a causa,
calados no pulso do prompt.
Nada mais condena nem fere,
quando a noite chega sem rumo.
Perdido o senso da direção do mar,
o que perdoo não sei mais onde está.
"Perdoe-me quando puder"...
Mas este instante a mim não pertence.
Alivie seu peito no horizonte nascente,
no rochedo azul, visto á distância.
Esquecida a ferida pelas areias brancas,
tudo tem gosto de "nunca mais".
Um momento se vai e vira a esquina.
Virou rosa pó e azul aniquilação.