Da Musa E Do Poeta
Como é doce essa nossa alegria!...
esse sorrir tão doido e tão inocente
que não parece ser, assim, inteligente
como é um sorriso de academia...
que inventa razões para ser sorridente...
para encher (quando a boca está vazia)
com bobagens...com gracejos...com euforia...
com motivos que não cabem dentro da mente.
Como foi bom, quando nos sorriu esse dia!...
mesmo mudo...com risos escritos, somente...
quando, de noite, veio sonoro e quente
pôr o fogo da voz na palavra já fria...
quando, enfim, fez sorrir a própria poesia...
fez rimar poeta e musa, de repente!
13-04-2014