ESFERAS ABERTAS
É uma flor que abre
Quando a noite adentra
Entra perfume
Fantasma impune
Não posso
Nunca tocar
Voa pirilampos
Insetos cintilantes
Amigos ambulantes
Como eu
Esperando ela posar
Pousar
Conversar
Sobre o que emana
Tantos anos
Inflama
Nada mais
Vem perdão partir
Coração
Pra acontecer
Um depois
De tudo feito
Efeito da náusea
Que a causa
É um defeito preciso
Inciso pra forjar
“A paz não nasce
Das janelas abertas”.