TODA VULGAR
Risca mesa
Arranha querendo chamar
Sou toda vulgar
Não pergunto nada
Quer beber
Beba minha boca
Venha em minha
Volta
Me sinta
Toque a mão
Rima atenção
Na seda
Entre a cinta e meu rosto
Se está disposto
Ajoelhe sobre o chão
É um salto
Tão alto
Da escala coração
Batendo
Até infringir
De novo sua mão
Agora já sabendo
Que tinha
Um inverno
Ardente
Neste canto vulgar
Esperando que alguém sente
Pra compartilhar
Dividir-me
O que é frio
Posa de louco bravio
Quer desafiar
Tornar guerra
Dos copos
Que ensopo
Dos lábios deixados
Em todo lugar
Mesmo antes
De sair do bar
Queria me entregar
Sou toda vulgar
A paz é um brilho de olhos
Querendo sempre mais.