O MONSTRO VISTO DE LONGE
Não era monstro nem androide.
Não era historia em quadrinho
nem era o indecifrável.
Só era um menino bobo, acuado.
Só era promessa de ser homem
e medo de ser deixado de lado.
Solidão atrás dos olhos frios,
mentira atras do triste afago.
Só o medíocre do talento escasso,
e o cuidado torpe. Ausente amado.
Um corpo perfurado por qualquer falo,
compulsão asquerosa, resquício de trato.
A solidão habita entre dois, três, quarto...
quantos forem os pobres coitados.
Crescerá parasitando vidas e fatos.
Morrerá sobre o próprio engenho triste,
fingindo ser amor o que é apenas descaso.