Que não seja só mais um Adeus
Você chamou essa nossa crise de 'Adeus'.
que final ingrato seria este, que compusemos.
Que ingrata ironia. Que desencontro.
É uma pena, mas não posso ser para você
nada diferente do que nasci para ser.
A confusão em pessoa. Um homem essencialmente cheio de defeitos,
de dúvidas e questões mal resolvidas.
Talvez por isso eu escreva tanto.
Ainda assim, te amo.
ou talvez eu ame a forma que você escreve
e a forma que você me desvela, e me faz me sentir um adolescente sem razão.
A forma que você penetra em minha cabeça, sem mesmo ter me olhado nos olhos,
e põe gelo em minhas tripas, me deixando sem saber o que dizer...
Sem saber articular as palavras que tanto me orgulho de ter sob controle e a minha disposição.
Eu queria te olhar nos olhos e dizer isso tudo,
só para saber como seria.
mesmo que esse pensamento me deixe angustiado e nervoso,
a roer as unhas que não tenho.
E me ponho a pensar como as coisas ganharam esse rumo
como pude estar tão envolvido tão precocemente.
Como pude querer tanto e tão intensamente alguém que nem conheço...
Paro e releio tudo o que você já me escreveu,
e isso só me reforça a certeza que já não há mais retorno.
Estou fatal e definitivamente preso a você,
queira eu ou não.
Mesmo que soe engraçado,
mesmo que soe prematuro e infantil.
Vou viver toda essa insanidade,
mesmo que sozinho,
em madrugadas de álcool e insônia.
de inquietude e silêncio, esperando alguma resposta sua.
Nesses termos, simplesmente espero
Que o seu último poema
e este texto,
não sejam só mais um adeus.