MEU VERSO

Vive meu verso... Ganha o sopro...

Afaga os amargos quais eu.

Confessa que de amor também sofro,

Mostra a dor que em mim floresceu...

Deixa ver as lágrimas que tenho

Nesta noite de árida ilusão.

Se de alegrias, falar eu não venho,

É meu guia o fanal solidão.

E das horas, no ontem, douradas,

Refaz meu lembrar tanto ameno,

Tanto faz se são horas marcadas

Por róseas lágrimas ou doce veneno.

Mas não seque essa gota mascavo

Quem te macula ó verso da calma

Que a tormenta seja só o alinhavo

Em colóquio com a minha alma.

Adriano J Santos
Enviado por Adriano J Santos em 13/04/2014
Código do texto: T4767689
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