NATUREZA FERIDA... (106)
Ao ferires este solo que sangrou em agonia,
Não recebeste de volta a mesma agressão ou ironia,
Só a seiva sagrada, produto de tua sangria,
Ao roubares da terra, a árvore, que só sombra fazia...
Chorou ela na certa, pois, qual mãe não choraria,
Ao sentir do próprio filho o golpe, a covardia,
Ao tirar-lhe das entranhas, a raiz, filha, que ela nutria,
Fazendo secar o leite, com o qual a amamentaria...
Homem, ao estenderes a mão, vazia para teu filho,
Do que, por tua culpa não vingou, secou, caiu do galho,
Diga-lhe que assim, os irresponsáveis, agem,
Por isto, para ele, um fruto, será só uma miragem...
E quando a natureza, ferida, mandar-te, o vento forte,
A chuva que destrói te fará chorar, mas, será tarde,
Pois a árvore que te protegia, jogaste ao chão, está inerte,
Agora então, te darás conta... Da maldade que fizeste...
Lani (Zilani Celia)
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