A SEDE

Escuridão

flutuo

pareço ir ao mundo

que convidei

ela pra ver

corpos veludo

é o que sinto

mudo

distante de tudo

perto de ser

vazio profundo

ela desceu

ao fundo

deixou-me morrer

feliz pode ser

matar a verdade

que esconde

um nome

que quer nascer

transborda

devaneios

gritos de relanceio

mãos sem ordem

fogem ao meio

lábios abertos

línguas ao certo

saboreiam veneno

na hora do adeus

outro dia

depois do beijo

antes da noite

pedir um sono

secretam desejos

saberá ir

de olhos vendados

na escuridão

que matei você...