a morte

“Há sete palmos da terra”

Assim fala minha avó.

É morada dos mortos

É lugar sempre escuro

Como as queimadas fotos;

As mãos que mediram a cova ,

Eu de muito me preocupo,

esse cálculo amador

Define o meu sepulcro;

Muito tempo eu neguei

O fato bem consumado

tudo que é vivo morre

A planta, o rico, o coitado

E não adianta fugir

Praia, veleiro ou paris

Pois o convite vai chegar

Ao belo, ao feio, ao verniz;

A morte é a iluminura

Não tem preconceito

De cor, tamanho e idade

Ama de amor a todos

E que levar à sua fundura

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 10/04/2014
Código do texto: T4763618
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