a morte
“Há sete palmos da terra”
Assim fala minha avó.
É morada dos mortos
É lugar sempre escuro
Como as queimadas fotos;
As mãos que mediram a cova ,
Eu de muito me preocupo,
esse cálculo amador
Define o meu sepulcro;
Muito tempo eu neguei
O fato bem consumado
tudo que é vivo morre
A planta, o rico, o coitado
E não adianta fugir
Praia, veleiro ou paris
Pois o convite vai chegar
Ao belo, ao feio, ao verniz;
A morte é a iluminura
Não tem preconceito
De cor, tamanho e idade
Ama de amor a todos
E que levar à sua fundura